Justiça decreta prisão preventiva de PM que agrediu oficial Policial deu um soco e uma cabeçada na servidora após ela entregar uma intimação ao agente

A Justiça Militar de Minas Gerais determinou nesta segunda-feira (10) a prisão preventiva do policial militar acusado de agredir a oficial de Justiça Maria Sueli Sobrinho no último sábado (8), no município de Ibirité (MG), na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

O agressor é acusado pelo Ministério Público (MP) de lesão corporal qualificada, pelo fato do crime ter sido contra uma mulher. A pena pode variar de um a quatro anos de prisão. O policial também responderá por atribuição de identidade falsa, oposição à execução de ato legal e desacato, todas previstas no Código Penal, além de quatro crimes militares. De acordo com a promotora de Justiça Maria Constância Alvim, que atuou no caso no fim de semana, a ocorrência não pode ser tratada como uma agressão corriqueira. “O episódio foi muito marcante para a comarca de Ibirité por se tratar de uma servidora muito séria e respeitada, que teve sua autoridade questionada como servidora pública no dia internacional da mulher”, disse a promotora “Para além da gravidade das agressões, o caso chamou a atenção da sociedade civil pelo fato de ter ocorrido no Dia Internacional da Mulher”, disse o Ministério Público. As promotorias de Justiça de Ibirité publicaram nota de repúdio e solidariedade. Sobre o caso A oficial de Justiça Maria Sueli Sobrinho foi agredida por um policial militar enquanto cumpria um mandado judicial na cidade de Ibirité, cidade da Grande Belo Horizonte, em Minas Gerais, no último sábado (10). De acordo com o boletim de ocorrência, a oficial foi até uma casa no bairro de Novo Horizonte para entregar uma intimação judicial ao policial. Ao chegar na casa um homem se identificou como sendo o agente e começou a ler o documento. Na sequência, um outro homem que estava dentro de um carro foi chamado e a oficial constatou que esse era de fato o policial intimado. A oficial questionou o motivo de um outro homem, que não era o agente intimado, ter aberto e lido o documento. Neste momento, o militar iniciou uma série de ofensas e intimidações contra a oficial de Justiça. A servidora foi agredida com uma cabeçada e um soco no rosto. A vítima chegou a cair no chão com o rosto ensanguentado e com nariz e olhos machucados.

 

Fonte CNN